domingo, 6 de abril de 2014

Credores Diferentes- Emmanuel


O problema do inimigo sempre merece
estudos mais acurados.
Certo, ninguém poderá aderir, de pronto, ...
à completa união com o adversário do dia
de hoje, como Jesus não pôde rir-se com os perseguidores, no martírio do Calvário.
Entretanto, a advertência do Senhor,
conclamando-nos a amar os inimigos,
reveste-se de profunda significação em
todas as facetas pelas quais a examinemos,
mobilizando os instrumentos da análise
comum. Geralmente, somos devedores de
altos benefícios a quantos nos perseguem
e caluniam; constituem os instrumentos
que nos trabalham a individualidade,
compelindo-nos a renovações de elevado
alcance que raramente compreendemos
nos instantes mais graves
da experiência. São eles que nos indicam
as fraquezas, as deficiências e as
necessidades a serem atendidas
na tarefa que estamos executando.
Os amigos, em muitas ocasiões,
são imprevidentes companheiros,
porquanto contemporizam com o mal; os adversários, porém, situam-no
com vigor. Pela rudeza do inimigo, o
homem comumente se faz rubro e
indignado uma só vez, mas, pela
complacência dos
afeiçoados, torna-se pálido e acabrunhado,
vezes sem conta. não queremos dizer
com isto que a criatura deva cultivar
inimizades; no entanto, somos daqueles
que reconhecem por beneméritos credores
quantos nos proclamam as faltas.
São médicos corajosos que nos facultam
corretivo. É difícil para muita gente,
na Terra, a aceitação de semelhante
verdade; todavia, chega sempre
um instante em que entendemos o
apelo do Cristo,
em sua magna extensão.

Emmanuel

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